segunda-feira, 28 de março de 2011

Escaninhos secretos


Chego então aos campos e aos vastos palácios da memória, quando estou lá evoco todas as imagens que quero, algumas se apresentam de imediato, outras se fazem desejar mais longamente, sendo quase que arrancadas dos escaninhos mais secretos... Todas essas coisas a memória acolhe em sua vasta caverna, em suas sinuosidades secretas, no enorme palácio da minha memória recebo o céu, a terra e o mar juntos, lá me encontro a mim mesma. A faculdade da memória é grandiosa, ó meus Deus, sua infinita e profunda complexidade, e isso sou eu mesmo... Nos campos e nos antros, nas cavernas incalculáveis da memória, incalculávelmente povoada de espécies incalculáveis de coisas, por todos esses lugares transcorro, voô ora cá ora lá, sem encontrar limites em parte alguma.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Detalhes e defeitos

A essência já não transparece como antes, as pessoas esquecerão de ser diferentes, de tirar as mascaras. Valores esquecidos, sentimentos feridos, apenas corpos que tentam ser iguais.
Considero tão instigantes pessoas que não seguem padrões, pequenos detalhes, defeitos, singularidades e diferenças. Personalidade é a palavra. Ser diferente é ser você. 
Daqui a alguns tempos, não quero lembrar de como fui e sentir saudades, quero apenas pensar que foi uma fase, já passou.
Sou totalmente inconstante e mutável.
 Hoje sou assim, amanhã não mais. 
Monica Saling

segunda-feira, 14 de março de 2011


Deixe a brisa bater, o som te levar, os bons pensamentos fluirem, a música te carregar. Fechar os olhos, sentir a vibe e esquecer dos problemas. Isso é viver.

domingo, 13 de março de 2011








"Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. De algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada nem a ninguém. Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma.”
Clarice Lispector

sábado, 12 de março de 2011

Que mundo louco, sem saídas, sem ruas distintas.




“Eu tenho medo de seguir em frente, deixar pra trás. Nunca imaginei que seria assim, essa distância, esse medo, esse desamor. Não penso que poderia ser diferente, uma hora essa vontade iria chegar. Vou levando, tentando um novo sorriso em meio ao turbilhão de receios e medos. Eu ainda me sinto a mesma de ontem, entretanto sinto que alguma coisa mudou. Tento fugir disso tudo, tento distrair o pensamento, e quando me vejo estou lá novamente, pensando na mesma pessoa, no mesmo abraço. Que mundo louco, sem saídas, sem ruas distintas. Está difícil desabafar, quem sabe umas linhas a mais me façam melhorar. Não consigo pensar que tudo aquilo foi mentira. Foi irreal, foi fantasia. Meus segredos revelados, não mudei. Mas eu sei que você mudou, ou talvez você sempre tenha sido assim.
Mas nada que um sorriso no rosto e um brilho nos olhos não me façam continuar, quem sabe depois de o mundo dar umas voltas a gente volte a se encontrar.”
de: monica saling